RCC contribui com o Outubro Rosa

A campanha de conscientização para o câncer de mama vem de encontro ao trabalho realizado pelo laboratório, que executa exames com extrema precisão.

Apesar de remontarem ao início da humanidade, as doenças da mama, cuja estimativa é de mais de 57 mil novos casos em 2015 no Brasil, só ganharam um método de diagnóstico eficaz com o surgimento da mamografia, há mais de 30 anos. Desde então, o exame vem recebendo aperfeiçoamentos técnicos que possibilitam análises mais precisas e confiáveis. Para o diretor da RCC (Radiologia Clínica de Campinas), José Michel Kalaf, a necessidade de realização da mamografia em intervalos anuais para todas as mulheres acima de 40 anos está consagrada.

Para ele, a campanha Outubro Rosa vem de encontro à necessidade de conscientização das mulheres sobre a importância do exame. “Nos países onde a mamografia de rastreamento foi implantada para a população acima da quarta década de vida, houve marcante redução da mortalidade e da morbidade por neoplasia maligna da mama”, afirma Kalaf, acrescentando que a RCC apoia com firme convicção os três principais fundamentos da campanha: mulheres informadas sobre o câncer de mama, profissionais capacitados para o diagnóstico precoce da doença e rede assistencial preparada para tratar as lesões em prazo adequado.

De acordo com ele, a mamografia é um método diagnóstico que oferece uma série de vantagens: obtenção da imagem em tempo real, maior número de informes por imagem, possibilidade de trabalhar a imagem em centrais de computação e eliminação definitiva da câmara escura, fator importante, segundo Kalaf, na redução de resíduos químicos para o meio ambiente.

Uma evolução natural da mamografia digital é a tomossíntese mamária, um equipamento de última geração que possibilita a avaliação da mama em planos seriados e facilita muito a identificação complementar de lesões de difícil análise.
“Ensaios clínicos com grande número de pacientes têm demonstrado sua precisa contribuição para o diagnóstico precoce da doença maligna”, revela o diretor da RCC. A evolução sequencial de complementação diagnóstica como a que possibilita o novo recurso tem como objetivo a detecção precoce, preferencialmente de tumores clinicamente ocultos, geralmente menores que 1 cm de diâmetro, o que permite, conforme Kalaf, um tratamento conservador com sucesso.

Exceções 
A mamografia é a principal modalidade de imagem para detecção de neoplasia maligna mamária. No entanto, como esclarece o diretor da RCC, existem limitações nesse método, principalmente em pacientes com mamas densas, ou que tenham sido operadas anteriormente, ou aquelas submetidas a radioterapias ou com inserção de próteses. 
“Nesses casos, os tumores mamários que não apresentarem microcalcificações ou outros sinais indiretos da existência de lesão maligna podem não ser identificados somente pela mamografia. Nessas condições, a ultrassonografia e a ressonância magnética mamária constituem métodos complementares importantes", avalia Kalaf.

Segundo Kalaf, a ressonância magnética pode ser utilizada para avaliação de implantes e próteses de silicone e também na detecção, avaliação e estadiamento do carcinoma mamário. “A ressonância está cada vez mais utilizada pois possibilita análise não só da morfologia, como também da cinética das lesões malignas.
O fato de os tumores malignos invasores da mama apresentarem aumento de vascularização permite sua detecção pela ressonância com maior facilidade”, observa ele.

Para Kalaf, o especialista em imaginologia mamária deve estar qualificado e se submeter a um aprendizado contínuo para diagnosticar tumores de pequenas dimensões. “A perfeita integração com o mastologista e o patologista permite estabelecer um consenso a fim de que decisões delicadas possam ser aplicadas com sucesso nas pacientes”, explica ele.

O estudo por ressonância mamária é realizado em equipamentos de alto campo. A imagem chega a detalhes de alta precisão e correlação das dimensões da lesão e de sua extensão. Na atualidade, a ressonância magnética, segundo Kalaf, tem demonstrado grande capacidade diagnóstica, principalmente na resolução de casos difíceis, de alta complexidade e na avaliação complementar de pacientes de alto risco e com mutações genéticas propensas para o desenvolvimento de tumores malignos nas mamas.

De acordo com o diretor da RCC, o diagnóstico precoce da doença maligna da mama depende de cuidadosa integração multidisciplinar: história clínica da paciente, dados de exames físicos, exames de imagem e compreensão adequada das variantes patológicas em cada situação.

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